IPTV: Uma gigantesca transformação está por vir

A experiência que tivemos em Las Vegas entre os dias 13 e 16 de abril durante a NABShow, feira referência no segmento de broadcast, nos trouxe essencialmente duas certezas: a primeira é a de que há uma grande mudança para acontecer nos próximos anos no que diz respeito à forma com que as pessoas se relacionam com a televisão e a internet. A outra é a de que as empresas, especialmente as brasileiras, vão ter que se preparar muito bem para acompanhar a velocidade dessas mudanças.

A maioria das atenções da feira estava voltada para a televisão 4k. Aparelhos de TV, câmeras, sistema de produção de video, armazenamento e transmissão. E para transmitir tanta capacidade de som e imagem, os provedores precisarão ter estrutura de banda. É quase unânime que o futuro da TV se consolida sobre IP. Cada vez mais a IPTV e OTT tomarão espaço, substituindo qualquer outra forma de distribuição de video. Os motivos para isso são a facilidade e flexibilidade que o IP proporciona sobre as outras tecnologias.

Mas as facilidades do IP vão além da distribuição até o assinante. A tendência é que a cadeia também use cada vez mais o IP para transportar o conteúdo. Já há câmeras que geram o conteúdo em IP. Hoje é possível, por exemplo, que durante a transmissão de um evento, o conteúdo seja passado em tempo real para a rede das produtoras, onde o conteúdo é manipulado e editado sobre IP, passando pelas geradoras e entregue as operadoras, fechando o ciclo.

Outro destaque é a qualidade de imagem, que está cada vez melhor. A TV 8k já está em nível de demonstração. Vimos algumas empresas como as japonesas NTT e NHK exibindo uma ilha de produção, com câmeras, edição e exibição em TVs de 85″ e projetores de 8K com áudio HD com 22.2 canais, gerando uma sensação de imersão no conteúdo. A qualidade da imagem é absurda. Assistimos um video gravado em 8k na Copa do Mundo do Brasil onde é possível identificar com clareza cada torcedor no estádio.

Neste contexto de alta tecnologia, tivemos a certeza na volta para casa de que estamos no caminho certo. A nossa interface para IPTV, o Kingrus, está tecnicamente alinhada com essas perspectivas que o futuro traz. De agora em diante, o desafio é mostrar para o mercado nacional – dos provedores até o consumidor – que essa tendência é irreversível e que o país conta com tecnologias próprias capazes de atender essa demanda, que para nós não é mais futuro, mas sim presente.

Fonte: Convergência Digital